Vamos continuar
estudando os números de 60 em diante.
Para 60 temos a palavra “swasant”. Para 61 temos “swasanteyen”.
A partir de 62 seguimos as mesmas regras explicadas na Parte 1 dessa série de artigos.
Retira-se o “t”, dobra-se o “n” diante de consoantes. O “t” só permanece diante
de vogais. Assim, temos:
62 = swasannde, 68 = swasantuit
Para 70 temos a palavra “swasanndis”. A palavra vem da
junção de “swasant” (60) + “dis” (10) = 70. Para ter 71, 72, 73 etc. basta
trocar o “dis” por “onz”, “douz”, “trèz” e assim por diante. Diante de consoantes
desaparece o “t” e dobra-se o “n”. Diante de vogal permanece o “t”.
71 = swasant onz, 72 = swasanndouz, 78 = swasanndizuit
OBS: No caso de 71 é preferível deixar o “onz” separado. É uma
exceção.
Para 80 usamos a palavra “katreven”. Algo interessante é que
“katre” vem do francês quatre, o número 4. “Ven” é o número 20. → 4
x 20 = 80.
Aqui já não temos mais as regras do “t” e do “n”. Escrevemos os números separados.
81 =
katreven en, 82 = katreven de, 83 = katreven twa, 88 = katreven uit
Para 90 usa-se “katreven dis” que é 80 + 10. Segue-se a
mesma regra do 70 e escrevemos os números separados. Existe a possibilidade
de vê-los escritos juntos, mas o melhor é que fiquem separados.
91 = katreven onz, 92 = katreven douz, 98 = katreven dizuit,
99 = katreven diznèf (e não: katreven dis nèf)
Continuaremos com
o 100 em diante no próximo artigo dessa série. Babay!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Bruno, pq no número 99, foge a regra de se escrever disnèf e se escreve diznèf?
ResponderExcluirOlá, Lígia. Há várias alterações fonéticas que influenciam nessa mudança. Em português o /s/ também passa a /z/ (em SP) ou a /j/ (no RJ) dependendo dos sons vizinhos. Antes de "N" acontece isso, por exemplo. Aqui em São Paulo a palavra "esnobe" se lê /êznóbi/, no Rio de Janeiro se lê /êjnóbi/.
ExcluirAssim, enquanto era apenas "dis", permanecia o som SURDO, entrando em contacto com o "N" passou a SONORO. Esse processo faz parte do que chamamos de 'assimilação', nesse caso trata-se do fenômeno da SONORIZAÇÃO.
Esse fenômeno só se deu na passagem do francês para o crioulo. Hoje se você vir o S e o N juntos, o S não deverá ser lido como /z/ nem /j/.
Parece complicado, mas quando vc explica, a mente abre. Vc explica muito bem!
ExcluirMèsi anpil